Rebele-se contra o RACISMO!!!!
















quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

75% das mulheres de 18 a 24 anos não estudam e nem trabalham.


Levantamento divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais  assinala que 3,4 milhões de jovens de 18 a 24 anos não estudam e muitos menos trabalham, ou seja, 15% do total dessa faixa etária. O público feminino é o mais afetado devido a, basicamente, duas razões: casamento e maternidade.
O estudo indica que do total de jovens ausentes dos estudos e do emprego, 1,2 milhão apenas terminou o ensino médio. De acordo com o levantamento, o problema se agravou entre 2001 e 2008, pois 75% são correspondentes a mulheres.
Para Roberto Gonzales, técnico do Instituto de pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o estudo espelha, além da desigualdade entre sexos, a diferença de salários, atrelados, principalmente, às tarefas domésticas e cuidados com o descente sob a chancela da ala feminina.

Lula recebe UNEGRO

O ex-Presidente Luis Inácio Lula da Silva recebeu o diploma de doutor honoris causa pela Universidade Federal de Viçosa. No mesmo evento recebeu também uma singela homenagem da militância da UNEGRO - União de Negros Pela Igualdade -, pelo apoio dado a uma série de políticas públicas voltadas para incluir socialmente a população negra, entre as quais as cotas nas universidades, o ProUni, a historização negra no ensino público e privado, além de iniciar uma ação governamental prevista para dar os primeiros frutos daqui a 20 anos. Participaram da colação de grau e da diplomação, o Ministro da Educação Fernando Haddad, o prefeito de Viçosa Celito Sári, a reitora da UFV, professora Nilda de Fátima, entre outras personalidades. Lula recebeu das mãos de Terezinha Ferreira De Jesus a homenagem em nome do Movimento Negro mineiro. O ex-presidente agora tem 4 diplomas: o primeiro do curso primário, o segundo de torneiro mecânico do SENAI de São Paulo, o terceiro de Presidente da República, e, agora, o de Doutor Honoris Causa pela UFV.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Unegro de Pedreira/SP em cena.

É uma imensa satisfação ver nossos militantes lutando verdadeiramente pela causa, afim de proporcionar um futuro melhor para a nossa comunidade.
O que é bom e verdadeiro temos mais que mostrar. Então bora conhecer o trabalho e a vida do nosso camarada Samuel Manara, o "Grillo" que é membro da Unegro em Pedreira, SP e carrega consigo a luta pela nossa juventude.


Confira:

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Juventude negra, Patrimônio do Brasil ( E agora, Tarso e Dilma?)


“... As vítimas do racismo, da discriminação racial, da xenofobia e formas correlatas de intolerância esperam ansiosas, que as decisões que adotem os Estados produzam uma mudança real em seus destinos...” trecho do discurso da Sra. Mary Robison, do Alto Comissionado da ONU, na abertura da II Prepcom em Genebra, maio de 2001...”
A categoria juventude, na faixa etária de 15 a 29 anos, está constituída há pouco tempo enquanto segmento social com atenção às Políticas Públicas, ou seja, como grupo de direitos. O que era visto deliberadamente apenas ou somente como Movimento Estudantil de uma lado ou Movimento Hip Hop do outro lado, hoje tem outra forma, outra maneira, outro desenho, outro escoamento e tantos outro protagonistas, a fim de se constituir como Políticas Públicas efetivas.
No Brasil, este processo adquiriu um avanço graças ao protagonismo juvenil de várias organizações de jovens, de pesquisadores desta temática, e sobre maneira, de gestores de Políticas Públicas para a Juventude, o que identificamos como mecanismo de CONTROLE SOCIAL.

Há pouco, em Abril de 2008 o Governo brasileiro realizou a 1ª Conferência Nacional de Juventude, um momento riquíssimo com intensa participação popular (+ de 400 mil de participantes no Brasil) onde a juventude brasileira protagonizou com maestria este processo.

A primeira prioridade aprovada na Plenária final desta Conferência foi à recomendação de que o Governo Brasileiro atendesse aqui atender, significa EXECUTAR (INVESTIMENTO PÚBLICO) as deliberações do 1º Encontro Nacional de Juventude Negra, ocorrido em Lauro de Freitas – BA, em julho de 2007, tendo como referência, o Fórum Nacional de Juventude, os Fóruns Estaduais, os Líderes Jovens (negros e negras), as Instituições negras (re) conhecidas e a grande capacidade (método) de articulação transformada em Ciências Política (ação), descrita no o Relatório final do ENJUNE.

As razões pelas quais este relatório torna-se um documento estratégico e emergencial, em especial, as propostas de políticas de inclusão e promoção que atendam a juventude em situação de vulnerabilidade – em sua maioria a juventude negra -, encontram-se no que será relatado a seguir.

O quadro social desenhado para a juventude, em destaque a juventude negra, vai da exclusão ao extermínio. No que se refere à educação, a taxa de analfabetismo, entre jovens de 15 e 19 anos, é de 3,7% para jovens brancos; 9.1% para jovens negros; 1,9% para jovens brancas e 4,2% para jovens negras, isto evidência a falta de acesso e a dificuldade de permanência no sistema escolar. O sistema educacional brasileiro, por muito tempo, desconsiderou na construção de seus currículos, a história e a contribuição estrutural – seja econômica, política, social e cultural da população negra no Brasil, o que limita efetivamente a construção de identidade, o sentimento de “pertença”, a possibilidade de vinculo do aluno com a escola.

Por conseguinte, a juventude negra sempre chegou mais cedo ao mercado de trabalho, com reduzida qualificação profissional, em funções de baixa remuneração e sem perspectivas de ascensão social e, em geral, em grandes situações de vulnerabilidade, o que caracteriza ausência de trabalho decente.

Hoje existem no Brasil 30 milhões de jovens que trabalham e isto não corresponde ao mesmo número de jovens que estudam.

No caso especifico das jovens negras, muitas abandonam a escola mais cedo por se tornarem mães já na adolescência. Dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher - PNDS- 2006 mostram que aos 15 anos 4,8% das adolescentes brancas tornam-se mães, enquanto 7,5% das adolescentes negras.

E como se não bastasse esta realidade aqui apresentada nas áreas da Educação, Trabalho, Gravidez na adolescência, é de se observar também que os avanços da violência homicida das últimas décadas no Brasil são explicados exclusivamente pelo aumento dos homicídios contra a juventude. Se as taxas de homicídio entre os jovens passaram de 30,0 em 1980 para 51,7 (em cem jovens) em 2004, as taxas para o restante da população caíram levemente, passando de 21,3 para 20,8 (em cem mil habitantes).

Níveis extremamente elevados de vitimização juvenil por homicídio podem ser encontrados em todas as Unidades Federadas do Brasil, com casos extremos, como os do Estado do Amapá, onde a taxa de homicídios juvenis é 284,4% superior ao restante da população. A taxa média de homicídios juvenis (51,7% a cada cem mil jovens) é 148,4% superior à taxa do resto da população, 20,8% em cem mil, da mesma forma que no total de homicídios, mas com maior intensidade ainda, existem entre os jovens 83,1% a mais de vítimas negras do que de vítimas brancas. Com maior intensidade que na população total, 96,7% das vítimas de homicídio entre os jovens são homens; nos finais de semana, os homicídios juvenis aumentam 80% com relação aos dias da semana.

Outra estatística de homicídio juvenil se encontra dramaticamente nas 11 cidades apresentada pelo Pronasci. Veja tabela.
Mudar este quadro exige uma tarefa a ser enfrentada pela sociedade brasileira, pois a pergunta que tilinta os corações e mentes de jovens, pesquisadores e gestores de políticas para a juventude é - temos portas de saídas?

E a resposta - é sim! Temos portas de saídas, vejamos:

A capacidade de intervenção política da juventude negra permite reconhecer que é possível provocar uma transformação sobre a qualidade de vida da juventude brasileira.

Estamos vivendo um momento em que o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil foi para o 74º lugar, e que este crescimento tende a dialogar diretamente com o com as ações do PAC. É fundamental que haja, portanto, uma coadunação, uma orquestração, uma integração destas ações para com esta geração que maior mobilidade tem entre nós, os jovens, e para as que virão.

Iniciativas governamentais e da sociedade civil articuladas para a construção de Políticas Públicas para a Juventude, apontam para novas perspectivas, desta feita, é oportuno visibilizar ações e práticas efetivas realizadas como conseqüência da criação da SEPPIR, da SNJ e SNM e do CONJUVE, tais como:

• 1º ENJUNE – Encontro Nacional de Juventude Negra
• 1ª Conferência Nacional de Juventude
• Projeto Farol
• Revisão de Durban, em especial para as questões de juventude
• Fórum Nacional de Juventude Negra
• Consórcio Social da Juventude Quilombola (PE)
• Cotas nas universidades públicas
• Prouni
• Comissão intersetorial do CONJUVE
• Comitê de Articulação e Monitoramento do Plano Nacional de Política para as Mulheres
• RENAJUN – REDE NACIONAL DE JUVENTUDE NEGRA

Neste sentido, a Juventude Negra por meios de suas expressões sócio/culturais tem provocado um resgate de identidade étnico-racial, afirmado a auto-estima, liderado espaços políticos e provocado um processo de conscientização da urgência da Política de Igualdade Racial; trazendo para estes cenários jovens indígenas, ciganos, tradicionais, quilombolas, ribeirinhas, de terreiros; saindo do EIXO RJ X SP; fortalecendo a Política Internacional SUL X SUL e intensificando diálogos em espanhol com muitas agencias da ONU.

Apresentam então, deste modo, um potencial recriador, com reciliência, enfim criaram um método customizado, uma ação política pós estruturalista e fluída no meio em que atuam e (sobre)vivem.

Tornam-se co-participes do Estado na construção e implantação e, sobretudo CONTRO SOCIAL de Políticas Públicas para a Juventude.

Vale, muito, (re)lembrar que para chegar até aqui, boas práticas foram realizadas, ao longo deste processo, que incidiram no rendimento escolar de jovens negros e negras, e, sobretudo, contribuíram para o desenvolvimento das políticas de lazer, de cultura, de assistência social, de cidadania, de educação e de trabalho, por redimensionar o papel da escola, do educador ou gestor e do aluno, a exemplo de:

• Projeto RAP... ensando a EDUCAÇÃO
• PROJETO PODE CRÊR
• CRJ – Centro de Referência para a Juventude
• HIP HOP SUL
• Frente Brasileira de Hip Hop
• Nação HIP HOP
• ZULU NATION BRASIL
• MOVIMENTO HIP HOP ORGANIZADO

Imperativo revelar que os dinamizadores para as Políticas Públicas de, para e com a Juventude Negra se encontram a priori em três espaços de gestão, a seguir: Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Juventude e Mulheres.

Podemos afirmar que as três esferas públicas, em graus diferenciados, vêm acumulando iniciativas de Políticas Públicas para a Juventude, de Políticas de Promoção de Igualdade Racial e de Políticas de Gênero, sempre pautado no compromisso de ampliar e fortalecer a democracia no Brasil e, sobretudo, buscando a equidade social aos segmentos populacionais historicamente excluídos.O desafio do Governo Federal para além, de discutir politicamente, com seus pares federativos, o destino do PPA – Plano Plurianual para as políticas públicas de juventude, com efetivo investimento para as políticas de ações afirmativas, em especial, àquelas que trazem os recortes étnico-racial e de gênero, é AGORA (Dilma e Tarso) acertar na Engenharia e Arquitetura Política, de quem faz o que? E com quem? Sem esquecer o como, onde e por quê?

Porque os demais desafios cotidianos do poder público em escala municipal, estadual e Federal está em (re) conhecer e aplicar a 1ª prioridade da 1ª Conferência Nacional de Juventude - o relatório do ENJUNE - na forma de Política Pública com investimento orçamentário real, cujo resultado, sem dúvida, incidirá na redução, combate, confronto da mortalidade juvenil , no extermínio da juventude, no desperdício de talentos juvenil, na avalanche de CRACOLÂNDIAS, repetência escolar, gravidez na adolescência...
O dialogo está posto, pois dia 12 de Agosto, passado, em comemoração ao Dia Internacional da Juventude o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto de convocação da 2ª Conferência Nacional de Juventude, prevista para 2011, e durante a audiência, todos ressaltaram os avanços da agenda juvenil, incluindo duas vitórias registradas pelo segmento no último mês de julho, quando o Senado promulgou a PEC 042/2008, conhecido como PEC da Juventude, e aprovou, em caráter definitivo, a adesão do Brasil à Organização Ibero-Americana de Juventude (OIJ).

A PEC 042, transformada na Emenda Constitucional nº 65, inclui o termo jovem no capítulo dos Direitos e Garantias Fundamentais da Constituição Federal e representa um passo importante para que a política nacional de juventude se consolide no Brasil como uma política efetivamente de Estado.

Para ressaltarmos três vitórias, para tal acontecimento, para tal grandeza, para tal consolidação de direitos, para tal fato, entendemos que à Juventude Negra deve-se dar uma atenção especial, imbuída de ousadia política, a partir da construção de um projeto integrado e integrador onde estes/estas jovens deixam de ser apenas público alvo de programas e projetos de inclusão e passem a ser protagonistas, a fim de que a equidade de direitos e oportunidades seja real para toda a juventude e que se efetive a máxima de vivermos um país justo e igualitário onde o exercício de cidadania e o protagonismo sejam para todos e todas.

A Juventude Negra deve assim, como outras juventudes, ser vista, estimulada e reconhecida pelo que é - Patrimônio do Brasil.

Eloá Kátia Coelho é cientista social (PUCRS) e educadora ambiental (USP). Trabalhou na SEPPIR de 2005 a 2010. Foi integrante do Conselho Nacional de Juventude desde sua fundação até 2010.

Fonte:http://combateaoracismoteste.blogspot.com/2010/11/juventude-negra-patrimonio-do-brasil.html 

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Foi dada a largada para a 2ª Conferência Nacional de Juventude.

Por Gabriel Medina*

O ano de 2011 inaugura um novo ciclo político no Brasil. As eleições de 2010 renovaram a composição do Congresso Nacional, (re) elegeram novos/as Governadores/as e conduziu Dilma Roussef como a primeira Presidenta da República do Brasil.
A Presidenta Dilma assumiu o compromisso de avançar o projeto político iniciado por Lula. Porém, temos consciência de que as mudanças e o aprofundamento das transformações sociais e políticas no Brasil dependem da capacidade de organização e da pressão do movimento social.
O desafio da juventude se torna muito grande nesse contexto. Vivenciamos uma série de conquistas com a construção da Política Nacional de Juventude (Lei 11.129/2005), com a criação da Secretaria Nacional de Juventude, do Conselho Nacional de Juventude, da execução do PROJOVEM e de políticas universais em várias áreas. No entanto, é preciso afirmar que as pautas da juventude ficaram  fora do debate eleitoral e, ao que parece, é um tema periférico neste início de Governo. Muito se fez com Lula e, mesmo assim, estamos muito distante das expectativas dos/as jovens brasileiros/as.
Nos últimos anos, muitos foram os avanços no tema com a criação de conselhos e órgãos de gestão em inúmeros municípios e Estados brasileiros; com a aprovação da Emenda Constitucional 65 que introduziu a terminologia “Juventude” na Constituição Federal; com a realização de três edições do Encontro Nacional de Conselhos e; com a organização do Pacto da Juventude subscrito por inúmeros candidatos em todo o Brasil.
O ano de 2010 foi marcado pela maior população jovem de nossa história: 51 milhões. Nas próximas três décadas o Brasil viverá o chamado bônus demográfico, período que teremos uma população economicamente ativa maior do que a dependente, que atingirá seu pico no ano de 2022. Esta, sem dúvida, é uma das maiores oportunidades já vividas pelo país, somada ao bom momento político e econômico do Brasil com aumento dos empregos formais, diminuição da desigualdade social e a possibilidade de consolidação do processo democrático. Por isso, o Brasil está diante de uma oportunidade única e o lugar que assumirá a juventude neste processo é uma questão central para projetar uma sociedade justa, desenvolvida e que assegure qualidade de vida aos seus cidadãos.
Portanto, a realização da 2ª Conferência Nacional de Juventude, convocada por Decreto Presidencial no dia 12 de Agosto de 2010, com previsão de realização no ano de 2011, ganha centralidade na agenda política das juventudes. Estas precisam afirmar o seu direito de participar como sujeito estratégico do projeto de desenvolvimento do Brasil.
Na gestão de Lula, o Governo Federal desenvolveu o Plano Brasil 2022. A proposta traz uma reflexão sobre o futuro do país, fixando metas para 2022, ano que o Brasil comemora o bicentenário de sua independência. Coordenado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), com representantes de todos os Ministérios, as Casa Civil e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) o plano foi dividido em setores: Economia, Sociedade, Infraestrutura e Estado. O Plano constrói um balanço de cada setor e apontou metas e ações para os próximos anos no mundo, na América do Sul, no Brasil e também sinalizou metas para os próximos 100 anos para o país. A juventude deve ser se debruçar sobre este documento e, em uma perspectiva geracional, apresentar ao Governo suas expectativas para o presente e futuro
Um salto necessário
A 1ª Conferência de Juventude foi um marco importante para o Brasil. Mais de 400 mil jovens participaram de um processo inovador, que se tornou referência para a democracia participativa brasileira. Como exemplo, citamos a realização de Conferências Livres em todo o território nacional. Naquele momento o lema da Conferência foi “Levante sua Bandeira”. Foi a oportunidade de os/as jovens apresentarem à sociedade brasileira seus anseios e demandas.
A 2ª Conferência Nacional de Juventude precisa dar um salto de qualidade, que amplie sua capilaridade e contribua para que a juventude opine sobre os grandes temas do país. Chegou a hora de afirmar quais são as políticas prioritárias do Governo Dilma, sugerir metas, prazos e como implementá-las com participação ativa da juventude. Para tanto, será preciso uma Secretaria Nacional de Juventude mais vigorosa, que consiga de fato assegurar a transversalidade de políticas universais que atendam a juventude no conjunto dos Ministérios de forma integrada, desenvolvendo sua capacidade de coordenar programas específicos inovadores.
A 2ª Conferência precisa deliberar de maneira decisiva a necessidade de avançarmos nos marcos legais da juventude e, portanto, fazer avançar as leis que tramitam no Congresso, como o Plano Nacional de Juventude e o Estatuto da Juventude. Nesse sentido, a definição sobre quais são os direitos da juventude, quais são as políticas e programas prioritárias para garanti-los e qual é o modelo de gestão devemos ter para executá-los, devem constituir as questões provocadoras para a elaboração do texto base que circulará pelo Brasil para a discussão.
A nova proposta de regimento da 2ª Conferência Nacional de Juventude apresentado pelo CONJUVE busca defender aspectos positivos da 1ª Conferência, como as Conferências Livres e criar novos mecanismos que ampliem a participação com a organização de um sistema que permita a participação virtual pela internet e as Conferências Territoriais, no âmbito dos Territórios da Cidadania, que permitirão maior participação dos/as jovens rurais, quilombolas, ribeirinhos e indígenas.
Por fim, a 2ª Conferência deve disparar uma discussão nos movimentos, organizações, redes e fóruns de juventude para a construção de uma pauta unificada da juventude que ajude a consolidar um calendário de lutas para o próximo ano. Sem luta social organizada, sem pressão política, dificilmente avançará a Política Nacional de Juventude.

*Gabriel Medina é presidente do Conselho Nacional de Juventude

Fonte:http://www.juventude.gov.br/2011/02/07/foi-dada-a-largada-para-a-2%c2%aa-conferencia-nacional-de-juventude/

UNEGRO prepara I Encontro Nacional de Juventude.


A União dos Negros pela Igualdade (UNEGRO) promoveu na última semana, em Florianópolis (SC), o debate “A organização da UNEGRO entre a juventude”. A discussão faz parte da preparação da entidade para o I Encontro Nacional de Juventude da UNEGRO, que acontecerá entre os dias 21 e 24 de abril, em Santa Catarina.
As dirigentes da entidade Ângela Guimarães, coordenadora nacional de juventude e conselheira nacional de juventude; Mônica Custódio, coordenadora de Trabalho e renda; e Estela Mares coordenadora de Mulheres, participaram do encontro. O debate foi precedido de relatos sobre a atuação da UNEGRO nos espaços dos conselhos de direitos no estado de Santa Catarina assim como sua organização entre cotistas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Foi discutida a necessidade da realização de encontros regionais preparatórios, observadas as condições estruturais da região, ou seja, desde que não comprometa a infraestrutura de deslocamento e mobilização da delegação ao Encontro Nacional. O período para a realização dos encontros nas cinco regiões brasileiras é de 25/01 até 10/04. Até o dia 01/02 o texto-base que orientará as discussões do referido encontro circulará na lista e no blog da juventude da entidade.
Os debatedores lembraram, ainda, que o ano de 2011 apresenta grandes desafios para a juventude negra, pois foi decretado como o Ano Internacional dos Afrodescendentes pela ONU o que ensejará uma série de debates e ações pelos governos em todo o mundo. É também o ano de realização do III Encontro Nacional de Estudantes Negr@s e Cotistas da UNE em maio na Bahia, de realização da segunda edição do Encontro Nacional de Juventude Negra (II ENJUNE), em julho em Santos-SP. É ainda o ano do IV Congresso Nacional da UNEGRO que acontecerá em julho em Brasília, além do amplo, rico e plural processo de construção da II Conferência Nacional de Juventude convocada pelo Governo Federal em parceria com o CONJUVE.
O encontro terminou com uma recomendação: é preciso politizar ainda mais o movimento de juventude negra através de bandeiras de luta que vão desde o combate intransigente ao racismo em todas as suas formas de manifestação, a defesa das ações afirmativas, da democratização do Estado brasileiro até a necessidade de superação do capitalismo, sistema econômico responsável pelo desigual acesso a direitos e pelas enormes concentrações de renda e desigualdades sociais que estruturam a sociedade brasileira e resultam na negação de direitos à população negra e à juventude em específico.

 Ângela Guimarães
Coordenadora Nacional de Juventude /  UNEGRO